Grávidas em pé por muito tempo podem prejudicar desenvolvimento do bebê
Elas precisam de um cuidado todo especial |
Participaram da pesquisa 4.680 grávidas. Os autores do estudo mediram a taxa de crescimento fetal ao longo da gestação das participantes, além de medirem os bebês logo após eles nascerem. As mulheres responderam a questionários sobre rotina, condições e exigências físicas do trabalho.
Os resultados indicaram que as mulheres que trabalhavam em pé durante muito tempo no dia tinham bebês com um tamanho de circunferência da cabeça 3% menor do que a média do restante das crianças. Essa diferença de tamanho também foi observada quando comparadas grávidas que trabalhavam 40 horas por semana às que trabalhavam 25 horas. Essas mulheres também tiveram bebês com um menor peso.
Os autores do estudo descrevem alguns mecanismos que podem explicar essa associação. "Algumas evidências indicam que esforços físicos intensos podem reduzir o fluxo de sangue ao útero e à placenta, reduzindo a disponibilidade de oxigênio e nutrientes levados ao feto", afirmou ao sitede VEJA o coordenador da pesquisa, Alex Burdorf. Segundo o autor, esse é o motivo mais considerado pela equipe, mas também há explicações baseadas no fato de que certos movimentos podem aumentar a pressão abdominal, o que pode levar a um parto prematuro.
Segundo os autores do estudo, isso não quer dizer, porém, que o trabalho seja prejudicial à saúde das grávidas e dos bebês, mas sim que alguns aspectos, como a carga horária e os períodos em que elas permanecem de pé, devem receber atenção.
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