EUA liberam venda de testes de HIV caseiros
Autoridades norte-americanas anunciaram na terça-feira, 3 de julho, a aprovação comercial de um teste caseiro para a detecção do HIV, o vírus da Aids. O exame, desenvolvido pela empresa OraSure Technologies, poderá ser autoadministrado e oferece o resultado em um período de 20 a 40 minutos.
Divulgação do Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil
O exame promete resultados com mais de 92% de precisão em até 40 minutos/Foto: Divulgação
Autoridades norte-americanas anunciaram na terça-feira, 3 de julho, a aprovação comercial de um teste caseiro para a detecção do HIV, o vírus da Aids. O exame, desenvolvido pela empresa OraSure Technologies, poderá ser autoadministrado e oferece o resultado em um período de 20 a 40 minutos.
Para fazer o teste, o usuário deverá coletar uma amostra da saliva e colocá-la dentro de um aparelho fornecido no kit. O mesmo aparelho já estava disponível para uso em consultórios médicos, mas agora poderá ser usado pelos pacientes em suas casas - e sem a necessidade do acompanhamento de um especialista.
O produto começará a ser vendido em outubro de 2012 em mais de 30 mil estabelecimentos norte-americanos e também pela internet. O preço ainda não foi definido, mas, segundo a fabricante, deverá ficar em torno dos US$17,50 - valor cobrado na versão profissional. Também há previsão de comercialização em outros países futuramente.
Segundo o Food and Drug Administration (FDA), órgão responsável por regular os alimentos e medicamentos usados nos Estados Unidos, um resultado positivo no OraQuick não significa necessariamente que o indivíduo seja portador do vírus da Aids, e sim que novos exames são necessários.
Estimativas apontam que 1,2 milhão de norte-americanos sejam soropositivos, mas que um quinto deles não sabe disso. Segundo a FDA, essa falta de conhecimento agrava o espalhamento da doença no país, que registra 50 mil novas contaminações todos os anos.
“Conhecer o seu status é um fator importante no esforço para evitar a difusão do HIV”, afirmou a médica Karen Midthun, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA. “A disponibilidade de um kit de exame caseiro para o HIV oferece mais uma opção para que indivíduos sejam testados e possam buscar atendimento médico, caso seja apropriado”, completou.
Precisão
Estudos clínicos mostram que o exame tem precisão de 92% no diagnóstico de portadores do vírus - o que significa um caso de falso negativo a cada 12 testes feitos em indivíduos infectados. Entre pessoas não-portadoras do HIV, 99,98% dos resultados foram negativos, ou seja, haveria só um falso positivo a cada 5 mil exames em pessoas sem a infecção.
Segundo Caio Rosenthal, infectologista do Hospital Emílio Ribas, o teste é pouco preciso. Em entrevista à revista Veja ele afirmou que, para ser considerado bom, um teste tem que acertar mais de 99% dos casos. “Ao dar um falso negativo, pode passar uma falsa sensação de segurança. Pode ser um tiro pela culatra", defendeu.
Com informações de agências de notícias.
Divulgação do Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil
O exame promete resultados com mais de 92% de precisão em até 40 minutos/Foto: Divulgação
Autoridades norte-americanas anunciaram na terça-feira, 3 de julho, a aprovação comercial de um teste caseiro para a detecção do HIV, o vírus da Aids. O exame, desenvolvido pela empresa OraSure Technologies, poderá ser autoadministrado e oferece o resultado em um período de 20 a 40 minutos.
Para fazer o teste, o usuário deverá coletar uma amostra da saliva e colocá-la dentro de um aparelho fornecido no kit. O mesmo aparelho já estava disponível para uso em consultórios médicos, mas agora poderá ser usado pelos pacientes em suas casas - e sem a necessidade do acompanhamento de um especialista.
O produto começará a ser vendido em outubro de 2012 em mais de 30 mil estabelecimentos norte-americanos e também pela internet. O preço ainda não foi definido, mas, segundo a fabricante, deverá ficar em torno dos US$17,50 - valor cobrado na versão profissional. Também há previsão de comercialização em outros países futuramente.
Segundo o Food and Drug Administration (FDA), órgão responsável por regular os alimentos e medicamentos usados nos Estados Unidos, um resultado positivo no OraQuick não significa necessariamente que o indivíduo seja portador do vírus da Aids, e sim que novos exames são necessários.
Estimativas apontam que 1,2 milhão de norte-americanos sejam soropositivos, mas que um quinto deles não sabe disso. Segundo a FDA, essa falta de conhecimento agrava o espalhamento da doença no país, que registra 50 mil novas contaminações todos os anos.
“Conhecer o seu status é um fator importante no esforço para evitar a difusão do HIV”, afirmou a médica Karen Midthun, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA. “A disponibilidade de um kit de exame caseiro para o HIV oferece mais uma opção para que indivíduos sejam testados e possam buscar atendimento médico, caso seja apropriado”, completou.
Precisão
Estudos clínicos mostram que o exame tem precisão de 92% no diagnóstico de portadores do vírus - o que significa um caso de falso negativo a cada 12 testes feitos em indivíduos infectados. Entre pessoas não-portadoras do HIV, 99,98% dos resultados foram negativos, ou seja, haveria só um falso positivo a cada 5 mil exames em pessoas sem a infecção.
Segundo Caio Rosenthal, infectologista do Hospital Emílio Ribas, o teste é pouco preciso. Em entrevista à revista Veja ele afirmou que, para ser considerado bom, um teste tem que acertar mais de 99% dos casos. “Ao dar um falso negativo, pode passar uma falsa sensação de segurança. Pode ser um tiro pela culatra", defendeu.
Com informações de agências de notícias.
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